terça-feira, 13 de abril de 2010

O fazer matemático do aluno

O "fazer matemático" no espaço escolar deve ter um significado bem mais amplo do que o simples decorar definições e regras de procedimentos(as regrinhas mágicas).
O fazer matemático do aluno, visto no contexto de resolução de situações com significado, tem que incluir uma ação efetiva do aluno na busca de soluções de reais desafios.Esse fazer deve significar o lançar-se em uma grande aventura de tentativas, de erros, de levantamento de hipóteses, de criação de estratégias, de argumentação, de capacidade de representação oral, manipulativa e escrita de seus procedimentos.
As formas de agir dos alunos, também chamadas "esquemas de ação", traduzidas por procedimentos, são parte essencial do seu fazer matemático na escola.O professor não deveria
apressar-se em mostrar "como faz" ou "como deveria fazer", pois é importante no ensino da matemática a capacidade do professor em observar e fazer revelar os procedimentos mais espontâneos apresentados pelos alunos na resolução da situação. Aí revela-se a parte mais importante e rica do fazer matemático na escola,parte que por vezes é excluída do processo em função da pressa que temos em chegar em certos resultados, de modo único.
Isso nos lembra Piaget em seu livro Epistemologia Genética, quando fala da epistemologia da matemática ao afirmar que grande parte da produção cognitiva da criança no processo de resolução de problemas tem fortes semelhanças com o trabalho do matemático.Cabe-nos refletir sobre o que a escola tem feito com esse potencial. Nesse mesmo sentido, temos a afirmação da pesquisadora francesa Stella Baruk:"toda criança que nasce é um ser matemático. Se, quando cresce, vem a não saber ou não gostar de matemática é porque não soubemos trabalhar esse ser". Texto retirado do caderno TP1 ( teoria e Prática) - Gestar II-página 132.

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